O porvir do passado

               Durante muito tempo os museus foram vistos como lugares onde apenas as elites poderiam frequentar, onde o silêncio deveria prevalecer, onde tudo era mórbido e lúgubre, onde apenas as pessoas inteligentes e bem instruídas entenderiam o que estaria sendo exposto. Hoje outras ideias de museus estão sendo difundidas, estão sendo espaços para diversão também, onde se vai para obter conhecimento, conversar com os amigos enquanto toma-se um café na lancheria e depois compra alguns souveniers para levar de lembrança. E não apenas a elite tem acesso, qualquer um pode ir ao museu.

                O capítulo “O porvir do Passado” do livro Culturas Híbridas de Néstor García Canclini, solicitado para a aula, trata algumas destas questões de ideias que se tem sobre museu hoje e que estão sendo aos poucos modificadas. Fala que os museus estão sendo lugares onde as pessoas vão como um lazer, lugares onde depois recomenda-se para seus amigos, onde se sai com vontade de voltar, extasiado e maravilhado. Também trata com uma abordagem fantástica os museus históricos nacionais sobre suas abordagens idealizando a história do povo, dos seus feitos históricos, lutas e como deve-se amar e honrar a história de seu país, assim enfatizando ainda mais a ideia de comemorar e orgulhar-se de sua cultura, dizendo que "O patrimônio existe como força política na medida em que é teatralizado, e são dessas medidas que os museus históricos nacionais se valem, eles teatralizam os feitos de grandes heróis da nação e os enaltecem mostrando ao público que este deve ter motivo para orgulhar-se de sua cultura, de seu povo e de seu país, incentivando assim a ajudar a preservas, restaurar e difundir esse patrimônio.

                       Assim não só restauradores, arqueólogos, historiadores e museólogos, ou seja, os profissionais responsáveis em proteger e difundir o patrimônio, utilizam-se dos museus, todo grupo quer quer diferenciar-se e afirmar sua identidade faz uso de formas diferentes da cultura e patrimônio de seu país utilizando-se de códigos diferentes, pois os museus já não são apenas a sede cerimonial do patrimônio é também lugar de ritualização social.

Referências:
García Canclini, Néstor. Culturas híbridas:estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1997. O porvir do passado.

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