Na aula do dia 26 de setembro nos encontramos no Museu Júlio de Castilhos em virtude da semana da 7ª Primavera dos Museus, realizada com a parceria de várias instituições museológicas e o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), sendo que este escolhe um tema a ser abordado pelos museus nesta semana. O tema escolhido este ano foi "Museus, Memória e a Cultura Afro-Brasileira. Para discutir este tema foram convidados o Prof. Me. Pedro Rubens Vargas, Prof. Dr. Iosvaldyr Carvalho Bittencourt Júnior e o Mestre Griô João Carlos Agostinho Prudêncio. As discussões feitas por eles e os questionamentos levantados nos fizeram refletir sobre diversos assuntos a partir deste tema. 
     Um exemplo é a forma como grande parte dos museus expõem as culturas Afro-brasileiras de forma depreciativa sempre mostrando o tempo de sua escravatura, os objetos utilizados para tortura, e os sofrimentos que estes passavam, esquecendo-se de mostrar sua cultura mesmo, a de sua religião, seus costumes, suas festas, suas danças, suas roupas... Outro ponto abordado e pouco discutido é a forma de como essa cultura sempre foi marginalizada e tratada pejorativamente em contraponto das culturas alemãs e italianas, que recebiam auxílios tanto políticos como econômicos do governo que apenas afirmavam sua permanência no estado em detrimento não só dos afro-brasileiros mas dos indígenas também.
     Assim como todos os lugares do Brasil, Porto Alegre também tem uma rica cultura Afro-brasileira e conta com o Museu do Percurso Negro, que é um projeto que busca dar maior visibilidade a comunidade afro-brasileira com a construção de obras de arte em espaços públicos da cidade. 

O Percurso do Negro em Porto Alegre
Evoca a presença, a memória, o protagonismo social e cultural dos africanos e descendentes no Centro Histórico da cidade de Porto Alegre, cuja pesquisa histórico antropológica indicou os lugares vivenciados pelos negros, a fim de elaborar objetos de arte representativos, como no Cais do Porto e antigos Ancoradouros; no Largo da Quitanda (Praça da Alfândega); no Pelourinho (Igreja das Dores); no Largo da Forca (Praça Brigadeiro Sampaio) e Esquina do Zaire (Av. Borges de Medeiros com Rua da Praia). No entorno, a partir das redes de relações sociais dos negros cativos e livres, temos a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, o Mercado Público e a Santa Casa de Misericórdia, a Colônia África e o Areal da Baronesa. (Prefeitura de Porto Alegre)



Referências:

Imagem 1: http://joelsantana13.blogspot.com.br/2013/09/museu-julio-de-castilhos-na-7-primavera.html

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/gpn/default.php?p_secao=158

Imagem 2: http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/

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