Tudo que é sólido desmancha no ar e torna-se líquido (até a modernidade!)
Bauman(2001) diz que a modernidade é líquida ao comparar o estágio em que vivemos com as propriedades dos líquidos: são fluídos, inconstantes, se transformam com frequência, sempre se moldando facilmente às mais diversas condições a que são expostos. Os líquidos não suportam a passagem do tempo. o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar não dá uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, assim é impossível fugir das consequências da globalização, com suas vertiginosas ondas de informação e de novas idéias. Tudo ocorre com intensa velocidade, o que também acaba refletindo nas relações entre as pessoas, que cada vez mais são superficiais e sem compromisso pois a facilidade e praticidade pregadas na modernidade refletem diretamente nessas relações tornando-as frequentemente descartáveis, assim como os objetos; esquecendo que as pessoas não são objetos descartáveis e que as relações existem desde o início dos tempos, portanto são antiguadas, ou seriam atuais?
Nos textos trabalhados por Bauman e Bermann, refletimos sobre a obsolescência do mundo atual, seja nos bens de consumo seja nas relações afetivas, tudo está se esvaindo com tamanha rapidez que cada vez mais fica difícil de acompanhar as transformações. O que hoje é moderno, amanhã já será antiguado. Bermann diz que:
Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas ao redor – mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. (BERMANN, 1993, pág. 15)
E cada vez mais o homem tende a se moldar para sanar as expectativas da sociedade quanto a modernização das coisas e também de sua identidade, pois assim como Bauman também afirma, a identidade não se herda e sim cria-se ela a partir das experiências de vida, assim a tendência é redefini-la diversas vezes ao longo da vida, pois a sociedade muda o tempo todo e exige isto do indivíduo, que ele se molde e se adeque as suas mudanças para poder permanecer nela sendo visto com "bom olhos", os olhos do moderno. Estamos (e sempre estivemos) em constante transformação. Assim podemos comparar as transformações aos líquidos que facilmente transbordam, respingam, fluem e escorrem, respingando nas pessoas e moldando-as com tamanha fluidez, assim como a modernidade (que desde seu cerne foi fluída) .
Bauman(2001) diz que a modernidade é líquida ao comparar o estágio em que vivemos com as propriedades dos líquidos: são fluídos, inconstantes, se transformam com frequência, sempre se moldando facilmente às mais diversas condições a que são expostos. Os líquidos não suportam a passagem do tempo. o impulso de transgredir, de substituir, de acelerar não dá uma oportunidade de abrandar, nem o tempo necessário para condensar e solidificar-se em formas estáveis, assim é impossível fugir das consequências da globalização, com suas vertiginosas ondas de informação e de novas idéias. Tudo ocorre com intensa velocidade, o que também acaba refletindo nas relações entre as pessoas, que cada vez mais são superficiais e sem compromisso pois a facilidade e praticidade pregadas na modernidade refletem diretamente nessas relações tornando-as frequentemente descartáveis, assim como os objetos; esquecendo que as pessoas não são objetos descartáveis e que as relações existem desde o início dos tempos, portanto são antiguadas, ou seriam atuais?
Assim, finalizo com esta reflexão e um vídeo de Bauman para "Fronteira do Pensamento".
Referências:
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.p. 7-22
BERMANN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 15-35

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